Sejam bem vindos!


Este é o cantinho onde a geografia se mistura com a arte. Aqui terá um pouquinho de tudo. Aproveitem e se inspirem!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Geografia em cordel






FUSOS HORÁRIOS


Dois compadres conversando,
Logo depois do almoço
Um deles era bem velho
E o outro um belo moço

O velho falava muito
Expondo sabedoria.
O moço ouvia tudo,
Mas muito pouco entendia.


O velho disse pra ele

Algo de admirar:
- Enquanto aqui o sol brilha,
É noite em outro lugar.

O moço ficou calado.
Depois pensou e falou:
- Isso é muito complicado.
Quem entende disso é doutor

O velho ficou irado
E disse num vozeirão:
- Quando aqui chega à noite,
Chega o dia no Japão.

A geografia estuda
Com clara demonstração
O que contribui pra isso,
É o movimento de rotação.

Isso tudo acontece
Num intervalo de tempo.
Pois duram 24 horas
Todo esse movimento.

Por causa desse movimento
No globo terrestre é que acontece
De uma parte fica clara,
e outra parte escurece.

Isto que eu vou dizer,
Não é algo imaginário.
O globo terrestre está dividido
Em 24 fusos horários.

Num período de 24 horas,
Em todos os dias do ano
O globo irá oferecer ao sol
Todos os seus meridianos.

Pra não ficar complicado pro tráfego Marítimo e
também Continental,

Em 1884, resultou em Washington
A celebração de um congresso internacional.

Veja como acontece
O fuso horário no Brasil

Temos o 1º, 2º, 3º e 4º,
Ainda bem que o 5º não existiu
Em todos eles existem
A diferença da hora.
Vamos ver tudo isso

Exatamente agora.

No 1º fuso, a diferença é de menos 2 horas.
Abrangendo algumas ilhas
E o arquipélago de Fernando de Noronha.
Se não sabia disso, não fique com vergonha.

O 2º fuso
É especial.
Com menos 3 horas
É o fuso oficial.
O 3º é de menos 4 horas
Como agora vou citar:
Compreendem o Mato Grosso, O Amazonas e

a região do Pará.
Já o 4º
Fica em destaque
Abrange um pouquinho do Amazonas
E o Estado do Acre.
Para concluir eu digo
Que fiz um grande esforço.
Concordo com o senhor velho
E não discordo do moço.

SILVA, Sandra Regina - SÃO BENTO/200

Geografia Cordelista

Geografia em Rima



Estudando Geografia
Seja em qualquer dimensão
Estado, País, Continente
Veja a localização
Pegue o mapa mundi
Tenha uma ampla visão.

Para localizar-se no espaço
Existem algumas questões
De dia observe o sol
E a noite as constelações
Nunca venha esquecer
Dessas orientações.

Vamos todos aprender
E a dúvida eliminar
Procure usar a bússola
Pra sempre se orientar
Pois em qualquer posição
Ao norte vai apontar.

Para construir a bússola
É bem fácil de montar
Com prato água e agulha
Com imã para imantar
Ponha sobre o isopor
Que ao norte vai apontar.

Elimine toda a dúvida
Não queira continuar
Tanto professor e aluno
Procure se orientar
Usando a rosa dos ventos
Pra direção encontrar.

Na rosa dos ventos vemos
Quatro pontos cardeais
Norte-sul, leste-oeste
Também os colaterais
Veja que também existe
Pontos subcolaterais.

Se na Geografia física
Você tiver sintonia
Verás que é importante
Estudar cartografia
Visualizar os mapas
Sabendo suas simetrias.

Em todos os mapas existem
É bem fácil de encontrar
Os dois tipos de escalas
Todos têm que apresentar
A gráfica e a numérica
Elas não podem faltar.

Através dessa escala
Podemos nos orientar
Tendo a noção de tamanho
Que os mapas vão apresentar
Por isso tenha atenção
Procure visualizar.

Ao analisar os mapas
Lembre-se que tem ficção
As várias linhas que vemos
É tudo imaginação
Sendo todas necessárias
Pra melhor compreensão.

Juarês Alencar Pereira.


Veja também:

 Jeito Diferente de Falar

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Uso da literatura na geografia



Uma das áreas que mais cresce na ciência geográfica é aquela que propõe analisar o espaço geográfico em obras literárias. Qualquer história, conto ou novela, não acontecem desassociados de uma paisagem, de um espaço qualquer. A ação e as falas das personagens são acompanhados de descrições do lugar onde se encontram.

A análise geográfica a partir da literatura pode auxiliar na compreensão de determinados espaços tanto no passado quanto no presente e o movimento da sociedade nesses tempos, uma vez que a literatura reflete a vida em comunidade. A literatura traz elementos que possibilita mergulhar em algumas esferas do espaço regional, compreendendo sua gente, seus hábitos, seu dia-a-dia. Esse conjunto de práticas regionais produz o que muitos estudiosos chamam de regionalismo.

Poucos geógrafos abordaram a literatura em seus estudos. Todavia, os estudos de obras literárias com interesse geográfico não são recentes. Os geógrafos que procuram fazer a geografia literária têm-se interessado, sobretudo, pela representação da realidade geográfica, pela expressão de um imaginário dos lugares ou de uma outra maneira de habitar, poeticamente, o espaço nas palavras de Tissier (1992).

A literatura vem sido utilizada, para análises espaciais desde o início do século XX, por ser um meio considerado eficaz de investigação, que permite enxergar os lugares em diferentes escalas, representando o cotidiano, a paisagem, o mundo vivido. Por isso a literatura pode ser um excelente recurso para o ensino de geografia.

Mesmo sendo ainda pouco utilizada nas análises do espaço geográfico, a literatura, é também apontada pelos MEC nos Parâmetros Curriculares Nacionais como possibilidade interdisciplinar com a Geografia. De acordo com os PCN’s é possível aprender Geografia a partir da leitura de autores consagrados de nossa literatura. Pois a produção literária brasileira é rica em autores que retratam em suas obras diversas paisagens, regiões e aspectos sociais e culturais da sociedade brasileira em diferentes temporalidades.

Alguns autores colocam que para a Geografia, o romance regional é um instrumento eficiente e valioso para a compreensão dos processos que atuam na construção, permanência e decadência de uma região. Por isso, a geografia voltou-se para a literatura desde o início dos anos 70, período de renovação nos estudos geográficos com foco na dimensão cultural. Permitindo assim reflexões enquanto favorece o contato entre diversas disciplinas possibilitando trocas interdisciplinares.